terça-feira, 27 de novembro de 2012

Uma carga elétrica passeava por todo meu corpo. Centelhas de emoções tentando escapar. Cada célula do meu corpo implorava por uma dose daquele veneno. Peguei meu celular pensando em te ligar, eu desejava te ver. Olhei para as teclas iluminadas. O coração gritava para continuar, porém, toda a energia do meu ser não foi o bastante. Coloquei o celular na estante e dormi pensando em você.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Poema sem nexo

O teto, concreto;
A cama, não ama;
O monstro, interno;
O lapso, remorso.

O sexo, segredo;
O desejo, oculto;
O medo, intenso;
O tempo, distante.

Tua voz, embebesse;
Os lábios, adoçam;
Os olhos, se fecham;
Dos sonhos, acorda!
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá, onde a 
criança diz:eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não Funciona 
para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um verbo, ele
delira. 
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz De fazer
 nascimentos -
O verbo tem que pegar delírio.


-Manoel de Barros