quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Helenas

A jaula tem duas portas. As portas são grades. O monstro está lá dentro. Quero mostrar a todos quem ele realmente é. A sociedade inteira festeja. É dia de comemoração, só não sei o que eles comemoram. A reunião de todas as pessoas na praça central é a oportunidade perfeita. Tudo parece tão antigo. A arquitetura. A textura das pedras, dos objetos. A vestimenta das pessoas. É tudo rudimentar. Os festejos começam. As mulheres começam a dançar, estou entre elas. A dança é sensual, os corpos se movimentam num ritmo hipnotizante. Minha menina também está ali, dançando do meu lado. Está linda. Balança aquele véu cor de esmeralda, me parece a joia mais precisa de toda a face da terra. As pessoas observam a dança típica àquela época. O clima está intenso. Eu a beijo. O monstro está solto. Não é um lobo. Não é o que todos abominam, mas as pessoas não deixam de criticá-lo como se fosse a mais atroz criatura. É tudo tão ultrapassado. Mas essa sociedade não está entre àquelas descritas na história. É atual: Século XXI. Estão disfarçados os carrascos. Mas as pessoas continuam sendo mandadas para a forca e guilhotina. São taxadas de bruxos, errados, pecadores por acreditar. Por amar. De repente não existe mais ninguém. Somente eu e ela. É isso que importa. Ela está nua. Meu corpo junto ao corpo dela. O beijo continua, nem um milésimo de segundo se passou. A sensualidade da dança se traduz no arder do nosso amor. Eu a toco. A observo. Não são ultrajes. Não é um monstro. É amor. 

sábado, 18 de janeiro de 2014

http://integracaoholistica.blogspot.com.br/2012/11/a-entrega-ao-amor.html

Verter sorrisos.
Ser saudades.
Calar a voz que te deseja.
Ter tua pele tocando as cores da eternidade. 

Sensibilidade a flor da pele.
Calor que emana do âmago.
Meu ser clamando por teu ser.

Sons e sabores do amor.
Entrega de seres.
Sinestesia.

Levo

Singulares
Sonhos, segredos, sorrisos
Da alma que corre ao bater da vida.
O trivial, simplório contrastando com a chama que brilha.
A luz que emana de dentro de ti.
Três ângulos.
Triângulos são meros instrumentos.
Rótulos de uma sociedade marginalizada.
Meu amor é fora da lei.

Plural.
Eu amas.
Tu amo.
Do amor não ousamos discordar. 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Uma e treze

É insano. Perfumes que não existem me fazem lembrar de você. Tua imagem está aqui a cada fechar de olhos meus. Lúcida. Estou lúcida, mas deliro desejando a insanidade. Desejando ir a teu encontro num momento de torpor ou de razão. Teu templo. Do teu templo sou devota. Não, nada disso tem a ver com religião. E amor, é alma, é desejo, delírio. Carinho, amizade. É saudade, solidão. Tua voz parece tão distante. A saudade toma conta do instante. Tua Ausência ecoa dentro de mim. TUM - TÁ, TUM- TÁ, TUM...