terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Vinte e quatro

Tudo se sustenta em uma corda bamba. Eu danço no meio dela como se não fosse cair. Com toda a minha inexperiência, com toda a sabedoria de uma vida que eu ainda não vivi. São dezenove natais. Ou não. É tudo relatividade. Os dias tem o peso da eternidade. Os sorrisos tem o amarelado de um papel velho. Massacrado pelo tempo, amassado, rabiscado. Carregando nas marcas uma história. As sensações adormecidas pelo que passou. A voz abafada. A garganta fechada pelas palavras que não falou. O coração fechado, traumatizado por quem pensou que amou. 
E então ela entra e dança comigo. Suave loucura. Ensina que nem tudo é equilíbrio. Ela. Livre-quase-presa. Presa-quase-solta. Janelas abertas, telhado invisível. Entre estrelas, mostra que existe uma ordem no caos. Que abrir as portas não é sempre mau. "Hoje eu falei pra mim, Jurei até que essa não seria pra você. E agora é".  

E eu aceito escolher. Eu escolho aceitar.

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