terça-feira, 15 de abril de 2014

Enchente

Noite de domingo.
Hoje é terça.
Mas soa como domingo.
Aquele anoitecer triste.
Aquela velha melancolia.
A lua sorri, linda.
Eu te espero.
O coração chora calado.
O silêncio ecoa gritado.
Em algum lugar há neblina.
Tudo soa desconexo.
Não há pensamento completo.
A lua lá fora ilumina.
O tempo parece parado.
Meus sentimentos revirados.
Nada me supre.
Nada fascina.
Minha dor sangra escondida.
Oculta sob a aparente vida.
Carrego inútil esperança.
Que ela vá logo embora.
Em algum lugar já é dia.
Em algum lugar alguém chora.
Em algum lugar já é hora.
De inicio.
De partida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário