domingo, 16 de setembro de 2012

Vontade de gritar. Colocar pra fora tudo que aflige meu peito. Liberar toda essa tensão, esses traumas, esses medos, esses desejos.. Não posso, mas quero me perder em seus beijos. Deixar o meu corpo colado no teu. Deixar o instinto tomar conta de mim. Sem culpa, sem pudor. Libertar, fazer amor. Gritar pra esse mundo, imundo, que odeio essas regras impostas, odeio os padrões definidos, odeio machismo, odeio as dificuldades que existem no universo feminino. Não suporto viver com as travas que a educação repressora me deixou... Enquanto escrevo me entrego, como Clarice Lispector "Me entrego em palavras" . É a única forma que encontro, a única forma segura, um momento em que são esquecidos os pudores, momento em que a menina certinha, a aluna exemplar, pode ser apenas humana e admitir as fraquezas. Confessar os desejos e as torturas e não poder desejar. Essas letras no papel ( ou na tela do computador) são o mais próximo da liberdade que eu conheço, são o mais próximo do meu coração que alguém pode chegar. São meus sentimentos mais íntimos, o que mantem minha vida. "Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida."

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