Seus cortes estão ficando cada vez mais profundos, parece que para combinar com a alma dela que a cada dia está mais machucada. O tempo escorre como as gotas de sangue passando por entre seus dedos, levando a felicidade, que parece ter medo daquela pele marcada. E a dor não vai embora, não se despede nenhuma vez. E as lágrimas que ela não chora, se transformam em vermelho contrastando com sua palidez. Suas distrações já não servem mais, nada afasta e tristeza e os pensamentos, nem em seus sonhos ela está em paz. Cada corte prolonga sua vida, ameniza o desejo que encontrar a saída mais fácil. O desejo de ter coragem para concretizar o ato que não sai dos seus pensamentos. O desejo pela morte como uma fim para este tormento. Ela vê tudo através de uma moldura de dor. Para clarisse a vida é um arco-iris sem cor.
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